Me aposentei

Me aposentei, não trabalho mais para a sociedade anônima. Obrigado pela surpresa. Se quiser, mostro meu mapa de escape, embaixo do tapete da cela 7.

Não possuo um milímetro de energia para afomentar um pensamento de massa que abraça as correntes perfeccionistas da ordem secreta dos escravos anônimos.

Uma licença aos seguidores da idade, mas me orgulho em dizer que estou velho para trabalhar. E quem acredita nesse papo de velho, talvez esteja velho demais para acreditar na eterna juventude que brilha como um lago cristalino no fundo de cada olhar.


Pois então, se aposente de ser velho. Abdique-se. O tempo diz que é hora de abrir as prazerosas gaiolas de ouro e começar a trabalhar para ser cada vez mais jovem.

A oposição talvez te ofereça propostas tentadoras, vendendo ilusões de ouro que custa sua crença na velhice decadente. Agradeça, rejeite e comece a viver uma vida de trabalho da alma que começa depois desta aposentadoria.

Uma vida que a idade não existe.

E digo mais, há algo além do arco-íris que é notável pelo som das ondas do pensamento. Algo belo, nem novo nem velho, algo atemporal que nunca nasceu e nunca morreu. Uma ideia de liberdade que permeia cada espaço a nossa volta, nos abraça e nos beija a todo momento, e percebemos quando paramos, respiramos e nos permitimos dizer que seremos jovens sempre que quisermos. E que assim seja pelo tempo do infinito momento, com a intensidade do amor que vibra em cada átomo, em cada galáxia, em cada ser.

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