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Mostrando postagens de maio, 2017

Areia árida e seca

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Areia   Uma tempestade de areia que cobre metade do planeta A ventania avisa previamente sobre o fato Mas não há reações pela falta de tempo de reagir O efeito é imediato Quando me vejo, estou dentro da ampulheta Com grãos e grãos caindo sobre mim Como sair, mas me pergunto também como que eu entrei É verdade, decidi viajar nas dunas do tempo Surfar nas colinas de areia Escalar as pirâmides do Egito Até encontrar a ressurreição pairando sobre mim Encarando como uma tempestade à espera de um posicionamento Hoje, eu senti a areia secar no árido sol que faz evaporar minhas fantasias Dessa reação química, surge minha ilusão em forma gasosa E com tanta intensidade, faz chover, aliviando um pouco esse árido sentimento Areia, areia que desliza suavemente na mão Grãos escuros e claros que formam as paisagens de cada dia Minúsculas pedras, macias tanto quanto os ventos que anunciam as grandes tempestades Faço um desenho na areia com pedaços de madeira A forma é feita e, logo

Deixamos a porta aberta

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Ontem, deixamos a porta aberta Talvez tenha sido por inocência Ou foi somente um simples acaso de uma coincidência Eles falam para sempre trancar -Gire três vezes por segurança -Vai que algo pode entrar Quanta insegurança -Tranca a porta, fecha ela, se assegure, olha lá Tiros e tiros, tiroteios de barulhos silenciosos -Fecha a porta, você está louco? Fecha Fecha Ontem, deixamos a porta aberta Que feliz acaso de nosso incerto destino Será que aguardávamos por algo chegar? Aguardávamos o inesperado se apoderar Rumores vieram através dos pássaros de uma grande frente vindo do norte ou do sul carregando massas de ares que se originaram provavelmente por conta de um movimento circular no meio da praça Ultrapassaram as colinas, passaram pelos pastos, driblaram as ilusões Entraram nas aldeias, contaminaram todo o oxigênio daqueles que vivem na Lua Oxigênio? Não, respiramos moléculas de palavras Ontem a porta estava aberta Estamos nós lá, aguardando o que não esperávamos Quando chegou, nossos

Hoje eu te vi

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Hoje eu te vi Estava um pouco distante Tinha algumas pessoas à frente Havia algumas nuvens Neblinas, montanhas Alguns muros e ideologias Histórias, patologias Pensamentos, expectativas Narrativas bem criativas Mas nada disso me impedia de te enxergar Eu vi com os olhos que nasci Não tenho o que duvida Eu vi, passando por todas essas poluições, eu vi Estava lá Tão clara quanto este quadro em minha frente Tão nítida quanto as histórias da minha mente Tão presente quanto o aroma do bolo quente Eu vi, eu vi, e as areias da ampulheta universal paralisaram em respeito à este momento Quando vi, seu olhar entrou em um alinhamento com meu Alinhamentos assim, no mínimo a cada 5 mil anos Jogado aos seus pés, eu vi Tudo se paralisou naquele momento, só meu coração que não Que, em compensação, bateu como mil máquinas industriais Bombeou sangue como que encheria uma piscina Dançava de um lado para o outro, forte, em ritmo, constante, ininterrupto Como um olhar pode gerar tantas palavras Não quero