A generalização é tudo igual
Portanto.
As
coisas são todas assim mesmo. O genérico é mais barato. Aquilo é isso e não há
mais motivos para discussão pois, no momento que aquilo se torna somente isso, está
instaurado quatro paredes que cercam a posição firme da resposta. Qualquer
questionamento é inútil e o pensamento já pode cessar. É como se este assunto
já se encontrasse em um constante estado de nirvana, a iluminação de todas as
respostas, finalmente um fim. Como não há questionamento, não há mais também
possibilidades, portanto, a aceitação se torna uma exigência sem escolhas.
Entretanto.
Caso
o contrário, caso exista oxigênio neste vácuo e a opção de não aceitar,
caso haja algo maior do que o já dado, caso faça sentido seguir na compreensão
de que aquilo nem sempre é isso, ou pode não ser somente isso, então é possível
que novas escolhas possam ser novamente orquestradas, e com isso, abre-se um
caminho para ir por sua conta e risco em um espaço de névoa nebulosa com sol
e neve, um ambiente silenciosamente musical com algumas formas e imagens
pré-definidas que mudam a cada respiração. Surge um mundo que o aquilo é, não
é, foi, pode ser e talvez um dia seja, e o isso se relaciona com aquilo de uma
maneira bem pessoal, conforme os olhos únicos que cada indivíduo enxerga.
Dessa
forma.
Isso
tudo também se mostra neste mesmo ambiente, experiência e proposta, ou seja, os
caminhos que se tomam a partir dos impactos que são produzidos por essas escolhas não podem ser
calculados ou quantificados, os caminhos são impulsos e potências que não cabem
colocar em palavras, mesmo porque não se sabe seus respectivos tamanhos, e se de
fato são de alguma forma a serem considerados encaixáveis em algo. Talvez haja
receio ou medo em adentrar em tais caminhos, devido a ineficiência dos olhos em
enxergar além dos oceanos, ou da falta de percepção do solo nos pés. A reflexão que
se coloca em questão talvez se assemelhe com a essência humana que foi
necessária para que os grandes acontecimentos acontecessem e as possibilidades pudessem
ganhar espaço no mundo concreto. Nem sempre as palavras podem dizer o que algo significa, por mais que cada palavra tenha em si uma definição, portanto, como vou definir o aquilo se este se relaciona de maneira tão sutil a cada conexão humana.
Inicialmente.
A generalização abarca um sútil som que oculta algumas percepções, fazendo com que não seja ouvido as possibilidades provindas de reflexões e questionamentos, atividades que não detém também um único propósito, mas pelo contrário, são ações que fazem tirar o chão dos pés e se adentrar nas folhas rabiscadas, nas cores aleatórias e nas imagens desconexas, a partir disso, procura-se fazer a vida, dar sentido ao "caos", procurar algum entendimento ou caminho que não fosse necessariamente o genérico e já pré-definido e conceituado. Se o aquilo for isso, está dito e feito. Mas existe um outro espaço que pode conviver nessa dimensão, fazendo com que o aquilo seja amplamente mais complexo que o isso, e fazendo com que tenhamos sempre novas percepções e relações com tudo que aconteceu conosco.
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